Embora o signo solar seja o mais conhecido, através de horóscopos de jornais e revistas, representa apenas uma fração da complexidade astrológica de uma pessoa. Especialistas em astrologia defendem que uma análise mais precisa da personalidade exige a observação de elementos como Lua, Ascendente e outros componentes do mapa astral
A astróloga Cláudia Lisboa, formada pela Escola Emma Costet de Mascheville, explica que o signo solar tem relação com “a consciência do que se é no mundo”, mas ressalta que outros elementos são igualmente fundamentais para compreender um indivíduo. Segundo ela, o processo para calcular meu mapa astral revela uma matriz muito mais ampla do que apenas a posição do Sol no momento do nascimento.
Já a psicóloga Kim Bins, também astróloga, compara o mapa astral a uma semente. “Toda semente tem dentro dela o potencial de vir a ser uma grande árvore.” No canal oficial do portal Astrologia Luz e Sombra, Bins pontua que “tudo depende: se a gente colocar na terra certa, se a gente regar, se a gente cuidar”, destacando como as escolhas individuais moldam o desenvolvimento desses potenciais astrológicos.
São essas complexidades analíticas e potencialidades na vida pessoal que fazem com que especialistas da área defendam o desenvolvimento de um mapa astral infantil para compreender como as diferentes energias astrológicas se expressam desde a primeira infância – já que cada componente do mapa revela camadas da personalidade que permanecem “invisíveis” quando se considera exclusivamente o signo solar.
O que este artigo aborda:

Pilares fundamentais da personalidade astrológica
Conforme as especialistas, existem quatro pontos primordiais que devem ser observados em qualquer análise astrológica: o signo do Sol, da Lua, do Ascendente e do Meio do Céu. Cada um desses elementos representa aspectos distintos da personalidade e do desenvolvimento pessoal.
Desde a infância, o signo solar, conforme explica Cláudia Lisboa, está relacionado ao reconhecimento pessoal de autoridade, trata-se da consciência individual e da forma como a pessoa se reconhece enquanto ser único no mundo. Lisboa alerta, no entanto, que considerar apenas este elemento limita drasticamente a compreensão astrológica.
A Lua, por sua vez, representa a bagagem emocional que será carregada ao longo da vida. É o elemento que governa aspectos como sensibilidade familiar, estrutura de confiança nas relações e a forma como as necessidades emocionais se manifestam.
O Ascendente representa o signo que estava “nascendo” na hora do nascimento da pessoa. Ele governa as primeiras percepções sensoriais, a forma de chegada ao mundo e o estilo pessoal de expressão. Cláudia Lisboa enfatiza que investir nas características desse signo já na infância faz com que a criança “cresça com uma segurança muito grande”, ciente de que a singularidade dela foi respeitada.
Já o Meio do Céu está relacionado com a preparação para o mundo externo e a realização profissional. Esse ponto astrológico indica como a pessoa “vai se sentir segura ao desempenhar a sua missão no mundo, na carreira, na vida profissional e no exercício de sua missão externa”, explica a astróloga. Para os interessados em aprofundar conhecimentos sobre essas análises, existem opções mesmo à distância, como um curso de astrologia online.
Além dos quatro pilares fundamentais, Kim Bins aponta que os planetas pessoais – Mercúrio, Vênus e Marte – também exercem influência na formação da personalidade. Mercúrio governa como cada pessoa “aprende, se expressa, se comunica”. Vênus relaciona-se com “o princípio do autovalor”, enquanto Marte representa “a coragem, o enfrentamento, a força, a autoafirmação”.
A astróloga Cláudia Lisboa exemplifica as diferenças por meio de casos práticos. Em suas observações, crianças de Capricórnio demonstram afinidade natural com matemática e aspectos práticos, enquanto crianças de Gêmeos revelam facilidade com linguagem e comunicação.
Essa diferenciação reforça como o signo solar, embora importante, necessita ser complementado por outras análises para formar um retrato completo da personalidade. A compreensão dessa complexidade astrológica, segundo as especialistas, permite uma visão com maior nuance da personalidade humana.
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