Quando os roteiristas Bob Gale e Robert Zemeckis colocaram um skate voador no roteiro do filme De Volta Para o Futuro 2, lançado em 1989, provavelmente, não imaginavam que o item continuaria sendo um ícone da cultura pop. O equipamento utilizado por Marty McFly até ganhou um protótipo funcional, mas o veículo ainda está distante de ser viável comercialmente da maneira como aparece no longa.
Só que, na realidade atual, a aventura pode vir acompanhada de uma alta dose de inovação tecnológica. Os skates futuristas, que se tornaram uma verdadeira tendência entre os influenciadores digitais nacionais e internacionais, são prova disso. No Brasil, os adeptos dessa nova maneira de se divertir e transitar entre os lugares costumam ter um perfil moderno, jovial e ousado.
Logo, veja abaixo sobre o hoverboard para que serve e como funciona.
O que este artigo aborda:
A onda do hoverboard
A história do skate está diretamente relacionada com a prática de surfe. Enquanto os surfistas usavam as pranchas para enfrentar as ondas do mar, na rua, os jovens criavam shapes com rodinhas para “surfar” no asfalto. A evolução de uma prancha com rodas, no entanto, não parou por aí.
A modernização do skate tradicional aconteceu com o desenvolvimento do hoverboard. Essa modalidade funciona com motores elétricos e permite total controle da máquina, a partir da movimentação corporal. O aparelho está presente no mercado nacional com marcas, modelos e custos variáveis.
Nas redes sociais, não é difícil encontrar pessoas, e até mesmo animais, se aventurando com o skate elétrico. No clipe da música Gotta Lotta, do rapper 2 Chainz, por exemplo, um bulldog anda em um hoverboard. A cena descontraída e inusitada condiz com a simplicidade e adaptabilidade desse transporte alternativo.
Devido às baterias utilizadas para dar propulsão aos motores elétricos, o skate futurista pode ser considerado um meio de transporte “limpo”, ou seja, não poluente. Ademais, sua leveza e portabilidade permite que o condutor o carregue para diversos locais e desfrute de uma autonomia única.
Funcionamento
Embora pareça, o hoverboard não é aquele veículo geralmente utilizado por seguranças de shoppings centers. Profissionais dessa área costumam usar um equipamento chamado diciclo. Eles se diferem do skate elétrico pela barra central que os sustenta e oferece estabilidade ao usuário.
O equilíbrio de quem usa o hoverboard depende do giroscópio e do sistema de sensores que interpretam os comandos, de acordo com o comportamento do corpo do condutor. A inclinação, portanto, indica a direção de para onde a prancha deve seguir, seja para frente, para trás, para o lado ou em sentido de curvatura. A velocidade é controlada pelo giroscópio, que mantém a estabilidade e a segurança.
Os modelos mais comuns trafegam na média de 8 km/h, mas tendem a não ultrapassar os 20 km/h. A potência dos motores varia entre 250W e 800W, e é determinante para o nível de desempenho, velocidade, aceleração e movimentação.
Segurança
Ainda que exista o giroscópio como elemento preventivo de quedas e acidentes, esse equipamento demanda atenção redobrada para que o seu uso seja feito de maneira consciente e segura. Entre os fatores mais importantes, estão a utilização do equipamento de segurança (capacete, cotoveleira e joelheira), o peso e a habilidade do condutor.
A maioria dos modelos defende que o aparelho não deve ser conduzido por pessoas com menos de 40 kg. Esse impeditivo, inclusive, reforça a sua recomendação para apenas maiores de 12 anos e que tenham peso de até 100 kg. Com relação à habilidade, indica-se que o indivíduo, antes de percorrer distâncias com o hoverboard, faça pequenos treinos em lugares seguros, sob supervisão de um(a) colega.
Outras indicações de segurança se conectam em dois pontos: ao uso e à manutenção. O primeiro diz do cuidado ao subir e descer do skate. A prancha deve estar parada e em superfície reta em cada embarque e desembarque. O segundo ponto, por sua vez, desperta a atenção para os riscos de incêndio.
A iminência de superaquecimento, surgimento de faíscas ou chamas e, em casos mais extremos, de explosão são apenas nos casos em que se utilizam baterias de baixa qualidade. A condução elétrica dos motores dos skates futuristas se dá por meio de baterias recarregáveis, e, por isso, a dica é avaliar se possuem a certificação do Inmetro e se a performance condiz com o esperado.
Manutenção
Manter o aparelho com a manutenção em dia, além de proporcionar mais segurança, aumenta a durabilidade do hoverboard. Acompanhar as orientações disponíveis no manual de instruções é uma dica preciosa e não deve ser ignorada, pois é neste guia que muitos usuários vão descobrir cuidados indispensáveis, como o de nunca utilizar o equipamento em áreas molhadas.
Da mesma maneira, também é necessário ficar atento aos sinais que o veículo transmite para comunicar que algo não está bem. A luz sinalizando baixa bateria, alarme sonoro ou trepidação são significativos e devem ser respeitados. A diretriz é descer do equipamento e recarregá-lo ou levá-lo para a oficina especializada.
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