Embora a ficha catalográfica faça parte da rotina de todo mundo que trabalha ou frequenta bibliotecas, ela ainda desperta curiosidades e dúvidas. Afinal, o que precisa ser incluído no texto? Para que serve a ficha catalográfica?
As dúvidas são inúmeras e, muitas vezes, até o profissional da área pode precisar consultar um passo a passo para recordar o que deve colocar de informação. Afinal, são tantos dados que, por vezes, a pessoa realmente pode se esquecer de algo.
Se você ainda tem dúvidas quanto à ficha catalográfica ou quer simplesmente saber para que ele serve, siga a sua leitura!
O que este artigo aborda:
- O que é ficha catalográfica?
- Por que a ficha catalográfica é importante?
- O que compõem a ficha catalográfica?
- Entrada ou ponto de acesso
- Descrição bibliográfica
- Número de chamada
O que é ficha catalográfica?
Todo acervo precisa de uma boa organização, para que o livro procurado possa ser encontrado mais rapidamente. Isso é importante tanto em casas de colecionadores de livros, quanto em bibliotecas.
E como essa organização é feita? É nesse ponto que entra o que é chamado de ficha catalográfica. Trata-se de um bloco de texto, no qual constam as principais informações de cada obra do acervo. Nele, são listados dados que facilitarão a busca pela obra, quando necessária.
Como exigem um planejamento e muito cuidado, a ficha catalográfica deve ser feita por profissional capacitado, ou seja, por bibliotecários. Esses profissionais estão prontos para usar o Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR2), que determina todas as regras que devem ser seguidas na elaboração dela.
Além do Código de Catalogação Anglo-Americano, para elaborar a ficha catalográfica também pode ser usada:
- A tabela de Cutter-Sanborn;
- As classificações decimais (CDD ou CDU).
Vale ressaltar que fazer ou não a ficha catalográfica não é uma opção no Brasil. A Lei Federal 10.753/03 obriga o uso dela em livros, monografias, entre outros. Além disso, a Resolução 184/17 do Conselho Federal de Biblioteconomia diz que para que a ficha catalográfica seja aceita ela deve estar assinada por um bibliotecário.
Por que a ficha catalográfica é importante?
- Ela facilita o controle bibliográficos;
- Organiza e classifica as publicações;
- Padroniza as publicações do Brasil;
- Deixa mais fácil a busca de uma obra;
- Organiza e auxilia na rotina dos profissionais da área.
O que compõem a ficha catalográfica?
Resumidamente, em uma ficha de um livro impresso deve constar:
- Assuntos;
- Classificação por assunto (CDD e CDU);
- Número da Edição;
- ISBN;
- Editora;
- Título e Subtítulo da Obra;
- Número de Páginas;
- Nome do autor;
- Local de Publicação.
Enquanto em um e-Book ou livro digital é preciso que conste na ficha catalográfica:
- Formato;
- Recurso Digital;
- Assuntos;
- Classificação por assunto (CDD e CDU);
- Número da Edição;
- ISBN;
- Editora;
- Título e Subtítulo da Obra;
- Número de Páginas;
- Nome do autor;
- Local de Publicação;
- Requisição do sistema;
- Modo de acesso.
A elaboração da ficha catalográfica se baseia no Código de Catalogação Anglo-Americano, na tabela de Cutter-Sanborn, entre outros. Assim, para realizá-la, é preciso ter conhecimento na área. Entretanto, é possível citar alguns itens que não podem ser esquecidos. Veja quais são eles.
Entrada ou ponto de acesso
Trata-se de um código, nome ou termo, que também é chamado de ponto de acesso, e facilita na hora de encontrar a obra. Comumente, é usado o sobrenome do autor ou nome da instituição que publicou a obra, por exemplo. No geral, as entradas mais comuns são por exemplo:
- Autor;
- Título;
- Série;
- Assunto.
Descrição bibliográfica
É a parte que faz com que a obra seja única e não venha a ser confundida com nenhuma outra. Por exemplo, se um aluno de pós-graduação for procurar por um livro sobre doenças infecciosas, ele vai encontrar vários no cadastro da biblioteca. Entretanto, ao consultar a ficha catalográfica saberá exatamente qual deseja. Assim a descrição conta com diversos detalhes como, por exemplo:
- Título e indicação de responsabilidade;
- Edição;
- Tipo de publicação;
- Local da publicação e distribuição;.
- Descrição física do material;
- Série;
- Notas ou qualquer informação julgada como importante por quem for catalogar;
- Número de registro de ISBN da obra.
Número de chamada
É um código, que comumente é alfanumérico, e que é usado em acervo. Em suma, ele funciona como um endereço, que indica em qual estante e em qual prateleira o livro está. Esse código é formado de acordo com a análise de conteúdo e com o uso das tabelas de classificação decimal como, por exemplo, a Classificação Decimal de Dewey (CDD), a Classificação Decimal Universal (CDU) e a tabela de Cutter-Sanborn.
Embora esse processo seja extremamente trabalhoso se for feito manualmente, hoje em dia há sistemas que conseguem gerar a ficha catalográfica de forma automática.
Gostou? Você já teve dificuldade com a ficha catalográfica? Conte para gente nos comentários!
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