A sustentabilidade é um dos principais temas da atualidade. Por meio da governança ESG as empresas conseguem ser reconhecidas por se importarem com o meio ambiente e promover um impacto positivo na economia e na sociedade.
Esses negócios estão sendo bastante valorizados no mercado financeiro. Aqui vamos entender os princípios da governança ESG e as razões que a levam a repercutir tanto no mundo.
O que este artigo aborda:
- O que é governança ESG?
- Por que a governança ESG repercute tanto no mercado em 2021?
- Qual o panorama atual sobre a governança ESG?
O que é governança ESG?
ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social and Corporate Governance, o que pode ser traduzido para o português como “Governança ambiental, social e corporativa”.
Os negócios que adotam as diretrizes da governança ESG se caracterizam por serem empresas que estão buscando ir além do lucro, se preocupando com a sustentabilidade para gerar receita sem criar novos problemas para o mundo.
Basicamente, as empresas ESG buscam encontrar formas de se manterem lucrativas no mercado, sem prejudicarem o meio ambiente, a sociedade e outras empresas no mercado.
Com isso, elas desenvolvem ações para diminuir o impacto ambiental, garantir a saúde e segurança de clientes e colaboradores, além de se preocuparem com a ética e a transparência em sua atuação no mercado.
Por que a governança ESG repercute tanto no mercado em 2021?
Há muito tempo as empresas são cobradas para assumir compromissos com a sustentabilidade. E isso começou a acontecer com mais força nos últimos anos. Uma pesquisa do Google Trends mostra que o volume de busca pelo termo atingiu seu auge em 2021.
O tema foi quatro vezes mais procurado pelos usuários do que a média do ano passado. E quem está impulsionando o movimento pela governança ESG são os investidores, além da clara atuação da ONU (Organização das Nações Unidas).
Com isso, o mundo dos negócios começou a entender que, além de ser importante para a humanidade, a governança ESG também pode ser uma oportunidade de negócio. A preocupação com a sustentabilidade deixou de ser apenas uma questão de construir uma boa imagem para ser uma forma de aumentar a receita.
E essa percepção de mercado aconteceu após quando Larry Fink, diretor executivo da BlackRock, maior gestora de fundos de investimentos do mundo, anunciou em sua carta de fim de ano que a sustentabilidade se tornaria um critério fundamental para a tomada de decisões de investimentos da empresa.
Na carta, o executivo cita que as empresas que não se comprometerem com a governança ESG devem ter dificuldades para atrair capital novo. Com mais de R$ 44 trilhões em gestão de ativos, a BlackRock mostrou um novo caminho e as empresas trataram de segui-lo.
Qual o panorama atual sobre a governança ESG?
Com o aumento da repercussão do termo nos últimos anos, os fundos que adotam a estratégia de investir em empresas ESG aumentaram seus ativos em 32% em 2020, segundo a Bloomberg. O montante investido chegou a R$ 8,8 trilhões.
Um relatório da consultoria PwC aponta que, até 2025, 57% dos ativos europeus farão parte da composição de fundos que usem a governança ESG como critério para investimentos. Ainda segundo os dados da consultoria, 77% dos investidores europeus devem parar de investir em ativos “não ESG” nos próximos anos.
Apesar de baixos, os investimentos em fundos ESG no Brasil vêm crescendo nos últimos anos. De acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais), os fundos ESG fecharam 2020 com cerca de R$ 700 milhões, três vezes mais se comparado a 2019.
Especialistas apontam que a governança ESG deve causar o fim da busca de lucro a qualquer custo, incentivando o que pode ser chamado de “capitalismo consciente”. Além de credibilidade, adotar práticas ESG gera dinheiro. Empresas e investidores estão percebendo isto.
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