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Muitas pessoas começam a treinar na academia visando a hipertrofia muscular.

Elas aprendem a priorizar a proteína, treinar força corretamente, e começam a ver os primeiros ganhos de massa magra.

No entanto, muita gente também gosta de tomar a sua querida cerveja — e ficam confusas sobre quão prejudicial esse hábito pode ser para os seus ganhos.

Vamos ver o que a ciência diz a respeito de tomar cerveja — e se isso atrapalha os seus resultados na academia.

O que este artigo aborda:

Homem com uma barriga grande e um copo de cerveja
Homem com uma barriga grande e um copo de cerveja
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Cerveja contém calorias vazias

A cerveja é uma bebida que contém calorias, porém com poucos nutrientes realmente úteis para o corpo.

Ela é feita basicamente de grãos (geralmente cevada, trigo, milho, arroz — ou uma combinação destes) fermentados.

E, desta forma, contém carboidratos de baixo valor nutricional.

É por esse motivo que devemos evitar a cerveja na dieta low-carb.

Claro que há variações entre as marcas, mas uma long neck de cerveja comercial (como a Heineken) pode conter algo em torno dos seguintes valores.

  • Energia: 140kcal;
  • Carboidratos: 11g;
  • Fibra alimentar: 0g;
  • Proteínas: 1,3g.

O que faz com que ela tenha cerca de 11g de carboidratos líquidos (aqueles que são efetivamente digeridos pelo corpo).

Além desse monte de carboidratos, a cerveja contém álcool, e ele não é algo benéfico quando falamos de ganho de massa muscular.

Vamos ver o porquê.

Cerveja diminui a testosterona

A cerveja contém álcool, e existem evidências científicas que apontam que o álcool diminui os níveis de testosterona.

Por exemplo, um estudo mostrou que o consumo moderado de álcool (o equivalente a cerca de 3 latinhas de cerveja por dia), por cerca de 3 semanas, causou uma redução de quase 7% na testosterona dos homens.

Já um outro estudo mostrou que, se você beber bastante (mas de uma só vez), sua redução é ainda maior.

No caso, cerca de 120g de álcool foram consumidos (o equivalente a cerca de 10 latinhas de cerveja), e notou-se uma redução de cerca de 23% da testosterona.

Isso é: quase um quarto de toda a testosterona das pessoas sumiu após uma única bebedeira.

E por que esses achados são importantes?

Porque a testosterona é um hormônio muito importante para diversas funções no corpo, inclusive a construção de massa magra.

Nesse caso, note que a quantidade importa.

Porque uma bebedeira extrema é algo muito mais danoso para a saúde do que o consumo de uma taça de vinho no jantar, por exemplo.

Cerveja pode piorar a qualidade do seu sono

Outro efeito nocivo do álcool é o fato de que ele tende a piorar a qualidade do sono.

Muita gente, quando bebe, fica sonolenta — no entanto, esse sono é de pior qualidade do que o de uma pessoa sóbria.

Isso é importante no contexto da hipertrofia muscular porque o sono e o descanso são pilares importantes para a construção de massa magra.

Portanto, se tomar cerveja está atrapalhando o seu sono, pode ser importante reavaliar o quanto esse hábito está valendo a pena.

Conclusão

A ideia deste artigo é mostrar o que a ciência sabe sobre como a cerveja pode atrapalhar a hipertrofia.

Ao mesmo tempo, não queremos dizer que você nunca mais pode tomar álcool algum.

Uma coisa é o consumo diário e elevado de cerveja, outra coisa é tomar um copo de cerveja artesanal na sexta-feira à noite para relaxar com a família.

Certamente, o consumo ocasional não vai te impedir de ter um corpo forte e definido — o que vai atrapalhar é o abuso dessa bebida, que certamente pode sim retardar os seus resultados.

E sejamos sinceros: antes mesmo de ler o artigo, você já sabia que cerveja não ajudava a ganhar músculos, não é mesmo?

A boa notícia é justamente que, com equilíbrio e sabedoria, você pode sim “tomar umas” de vez em quando, sem medo de ser feliz.

A verdade é que mais pessoas têm resultados pífios por não ter motivação para treinar ,treinar pouco, treinar mal, e comer errado — do que por degustar uma cerveja ou vinho, de vez em quando, em boa companhia.

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Marcela Ferreira

Enfermeira pós graduada com especialização em traumas, urgência e emergência. 12 anos de experiência na área de saúde mental na rede SUS do município de Belo Horizonte. Atuo com criança, adolescentes, adultos e usuários de múltiplas drogas.

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