A radiologia intervencionista é uma área da radiologia que faz pequenas intervenções, não necessariamente cirúrgicas, para auxiliar no diagnóstico ou tratamento de alguma doença.
É um avanço das tecnologias de radiologia, utilizando-as para ter um resultado mais preciso e confiável.
Então, continue lendo o artigo até o final para saber quais são as metodologias da radiologia intervencionista e seus benefícios.
O que este artigo aborda:
- O que é a radiologia intervencionista?
- Para que serve a radiologia intervencionista?
- Quais são as metodologias da radiologia intervencionista?
- Dignóstico
- Tratamento
- Conclusão
O que é a radiologia intervencionista?
Quando falamos em radiologia, a primeira coisa que vem a mente são os exames de diagnóstico por imagem, como por exemplo raio-x e tomografia.
Mas, existe uma especialidade da radiologia que não é muito conhecida, mas é muito importante: a radiologia intervencionista.
Essa área tem crescido muito nos últimos tempos e cada vez mais profissionais estão se especializando na área para estarem preparados para esse crescimento.
Os procedimentos da radiologia intervencionista são, em sua maioria, rápidos e extremamente precisos, facilitando muito os diagnósticos e a radiologia terapêutica também. Por isso, é também conhecida por terapia guiada por imagem.
Nessa especialidade, a radiologia deixa de ser apenas uma área para diagnóstico, para também ser utilizada no tratamento de doenças. O seu nome se dá, pois, nela são feitas intervenções cirúrgicas que são, na verdade, minimamente invasivas.
Essas intervenções são guiadas por imagens, o que permite que haja o mínimo de intervenção no corpo do paciente, garantindo a precisão do procedimento, indo apenas onde realmente é necessário ir.
Em geral, esses procedimentos são feitos de maneira percutânea ou endovascular. Ou seja, são feitas pequenas punções para que seja possível inserir fios, drenos ou cateteres nos pacientes.
Esses fios são guiados, a partir de imagens, até a parte do corpo do paciente que necessita do tratamento. Sendo assim, é uma maneira de fazer um tratamento bem específico, sem precisar afetar outras áreas do corpo.
Enquanto o exame está sendo feito, as imagens passam em uma tela, mas também ficam gravadas para análise após o procedimento. É possível ter acesso a imagem sempre que quiser, durante todo o tratamento.
Essa tecnologia permite que todo o tratamento seja feito rapidamente, sem nenhuma grande intervenção que torne necessária a internação do paciente por muito tempo. Em muitos casos, não há nem necessidade de internação.
Para que serve a radiologia intervencionista?
Em geral, essa especialidade serve para o tratamento de vários tipos de doença. Mas, principalmente, doenças oncológicas, como por exemplo humores hepáticos, carcinoides, melanoma ocular e muito mais.
Também, é muito utilizada para problemas relacionados ao transplante de fígado. Mas, é também utilizada para diagnóstico.
Pois, permite que você capture imagens com alta resolução, que você não conseguiria de outra forma. Para isso, são muitas as tecnologias utilizadas, sendo essas as principais:
- Angiógrafo;
- Radiologia convencional com fluoroscopia;
- Ultrassonografia;
- Ressonância magnética;
- Tomografia computadorizada.
Muitas dessas tecnologias são utilizadas, na maioria dos casos, apenas para diagnóstico. Mas, combinadas com instrumentos cirúrgicos é possível usar para tratar o paciente, de forma indolor e eficiente.
Tanto a fluoroscopia quanto a tomografia utilizam radiação ionizante no procedimento. Apesar do cuidado extra, são métodos muito rápidos e precisos para o diagnóstico e tratamento.
Já o ultrassom é mais utilizado em procedimentos que utilizam agulhas, como procedimentos de acesso e drenagem vascular, sendo utilizado o ultrassom para guiar as agulhas, além de ser um feedback em tempo real.
A ressonância magnética é utilizada para termos o contraste no tecido superior, sem utilizar radiação iônica.
Com isso, é possível fazer vários procedimentos, como processos de drenagem ou tratamento para aneurisma cerebral e até mesmo biópsias para melhor diagnóstico de doenças.
Quais são as metodologias da radiologia intervencionista?
Os procedimentos da radiologia intervencionista podem ser divididos entre vascular e não vascular, mas também entre diagnósticos e terapêuticos.
A radiologia vascular é aquela que usa os conceitos da hemodinâmica para que seja possível a realização do procedimento.
Já os procedimentos não vasculares são aqueles que usam agulhas e drenos, que podem ser introduzidos pela sua pele, tendo então uma menor intervenção e cicatriz.
Mas, iremos separar as metodologias por procedimentos de diagnóstico ou terapeuticos.
Dignóstico
Como procedimentos para diagnóstico temos as biópsias, que consistem basicamente em retirar uma parte do tecido ou órgão a ser analisado, para que então ele seja enviado para o laboratório e seja possível um diagnóstico da doença.
A percutânea utiliza agulha especial que é inserida na pele e levada até a lesão que está sendo analisada. Portanto, é possível, com uma pequena incisão na pele, obter fragmentos para o diagnóstico.
Há também a punção, que é um método utilizado para diagnóstico de doenças que consiste na aspiração de nódulos ou cistos. Essa aspiração é feita a partir da introdução de uma agulha no local que tem os nódulos.
Por último, a angiografia, que é muito utilizada para diagnósticos precisos, tendo como função o estudo do estado dos vasos sanguíneos no corpo, podendo também retirar algumas amostras de sangue para análise em laboratório.
Assim, é possível diagnosticar bloqueio de vasos sanguíneos. Esse procedimento pode ser também utilizado para o tratamento de bloqueios.
Tratamento
Como foi falado anteriormente, é possível também fazer a angiografia para o tratamento: é a angiografia com embolização, que insiste na introdução de substâncias específicas em vasos sanguíneos para desobstruí-los.
Muito utilizado em caso de miomas ou aneurismas. Além disso, há a drenagem percutânea, que é quando há a colocação de um dreno, por agulhas, para puxar e retirar coleções líquidas que podem surgir por diversos motivos.
Entre os tratamentos está também a ablação percutânea de tumores, na qual se utilizam agulhas para a destruição de tumores. Por último, há também a utilização da radiografia invasiva para tratamento de dor, levando o medicamento até o local que está com problemas.
Conclusão
Então, agora você sabe o que é a radiologia intervencionista e quais as metodologias são utilizadas para melhorar a precisão dos procedimentos.
São muitas opções que buscam o melhor tratamento e o diagnóstico mais preciso, sem precisar de grande intervenção cirúrgica.
E aí, você já se submeteu a algum desses procedimentos? Se sim, nos conte aqui!
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