Pesquisa desenvolvida pelo aplicativo de relacionamento Happn com mais de 3 mil pessoas heterossexuais revelou que, apesar de a maioria dos homens afirmar ser “bom de cama”, as mulheres estão insatisfeitas. Os resultados mostram 94% deles avaliam os desempenhos sexuais mais recentes como bons ou excelentes, enquanto 64% delas dizem que as últimas experiências foram insatisfatórias ou abaixo do esperado.
Mas, afinal, o que é ser “bom de cama”? Para especialistas, a resposta para esta pergunta depende de vários fatores e pode variar de pessoa para pessoa. Enquanto para alguns o que faz um sexo ser bom é chegar ao orgasmo, para outros, a satisfação sexual está na autoestima e na intimidade com o parceiro.
Em entrevista à imprensa, a psicóloga e sexóloga Bruna Coelho aponta que muitos indivíduos aplicam a lógica do orgasmo como o ponto central do sexo graças a referências pornográficas. De acordo com a profissional, isso causa uma “pobreza de conhecimento sobre educação sexual positiva”.
Bruna destaca que, mesmo o orgasmo sendo o ápice do prazer, se ele não acontecer não significa que a relação não foi prazerosa. Segundo a especialista, o prazer sentido desde o primeiro momento a dois deve ser valorizado e não só visto como um “caminho até o clímax”.
O que este artigo aborda:

Resposta sexual acontece em fases
Bruna explica que, para a ciência, é avaliado se o indivíduo alcança todas as fases da resposta sexual, que compreende: desejo (pensamentos), excitação (reações fisiológicas e físicas diante de algum estímulo erótico) e orgasmo (o ápice da excitação que provoca uma tensão sexual seguida de relaxamento e sensação de bem-estar).
Entretanto, a especialista afirma que para que todas essas fases sejam alcançadas, é importante que o casal se comunique bem, saiba agradar um ao outro e, acima de tudo, aproveitem o momento sem cobranças, apenas com foco no prazer. Portanto, nesse ponto de vista, ser “bom de cama” significa ter uma boa troca e saber curtir a experiência sem receios.
Para tornar o momento mais prazeroso e divertido, a médica, psicóloga e sexóloga Chris Cavalcante orienta que o casal pode aproveitar os sexy toys. Entre as vantagens do pênis de silicone e outros produtos do gênero estão a possibilidade de trazer uma experiência diferente para o sexo, conhecer novas zonas erógenas e explorar as preferências sexuais do parceiro em conjunto.
Ainda de acordo com Chris, o uso desses produtos pode ajuda no autoconhecimento, aspecto fundamental para garantir mais confiança e ajudar no desempenho sexual. A profissional destaca que pessoas que confiantes tendem a se entregar mais para o parceiro e, por isso, são consideradas “boas de cama”.
A ideia também é defendida pela sexóloga Cátia Damasceno. Nas redes sociais, a profissional aconselha sobre sexo, tira dúvidas dos seguidores e dá dicas sobre como usar plug anal e outros sexy toys.
Em um dos vídeos publicados, Cátia explica o que seria uma pessoa “boa de cama”. “Esse tipo de pessoa é bem resolvida consigo mesma, é segura de si, gosta de apimentar as coisas, não tem medo de propor brincadeiras novas e não sente vergonha do próprio corpo”, afirma.
Entender as preferências e pode um caminho
A pesquisa “Relatório de Sexo 2024”, lançada pela Beducated, reúne opiniões e comportamentos de mais de 2.200 pessoas sobre experiências e preferencias sexuais, explorando desde a duração ideal do sexo até técnicas populares capazes de transformar a intimidade.
Uma das descobertas do estudo foi que um em cada três participantes desejava que suas últimas experiências sexuais tivessem durado mais. A duração ideal seria entre 30 e 60 minutos.
Cerca de 70% dos participantes revelaram que acreditam que a penetração não seja essencial para uma experiência sexual satisfatória. O dado mostra que as pessoas estão explorando outras formas de prazer, como técnicas orais e outros estímulos.
As mulheres têm seis vezes mais chances de não gostar de realizar sexo oral em comparação aos homens, e o uso de cubos de gelo durante o ato foi mencionado por 74 participantes como algo inovador e prazeroso.
A pesquisa confirmou que o sexo vai além do físico: quase metade dos participantes priorizam a conexão emocional durante a intimidade.
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