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A disfunção erétil (DE) é a incapacidade de obter ou manter uma ereção por tempo suficiente para ter relações sexuais. Também é conhecida como impotência, embora esse termo agora seja usado com menos frequência.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) indicam que a disfunção acomete em torno de 45% dos homens.

Dentro dessa porcentagem, 31,2% apresentam um quadro de grau mínimo e apenas 13,8% em grau moderado ou severo.

Outros estudos norte-americanos indicam que a porcentagem de acometimento varia conforme a idade. 

Aos 40 anos, a chance de desenvolver um quadro de DE é de 40% e sobe para 70% acima dos 70 anos. Sendo assim, vemos que a DE é um quadro que afeta muitos homens. 

Neste artigo você vai entender quais são as causas, sinais e sintomas e tipos de tratamento disponíveis para essa condição que afeta tantos homens.

O que este artigo aborda:

Disfunção erétil: saiba o que é e como tratar
Disfunção erétil: saiba o que é e como tratar
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Causas da disfunção erétil

As causas para a DE são múltiplas e podem envolver os campos físico e emocional. Quanto aos fatores de risco, podemos destacar:

  • Pressão arterial alta;
  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Uso de drogas lícitas e ilícitas;
  • Idade avançada;
  • Problemas cardiovasculares;
  • Diabetes.

Quando se tem uma associação entre os fatores de risco, as chances aumentam ainda mais para o desenvolvimento de uma DE.

Por isso, é importante que você faça exames de rotina e compareça ao médico para uma analise de risco, mantendo seu organismo saudável e evitando o quadro de problemas com ereção.

Causas físicas

No caso da presença de doenças que afetam o fluxo sanguíneo e a distribuição pelo organismo, como trombose, arteriosclerose (gordura nas artérias), uso excessivo de tabaco, problemas cardíacos, o fluxo para o pênis é prejudicado, o que pode causar a DE.

Outro problema pode ser a falta de retenção do sangue no pênis durante possíveis ereções. Isso também pode ser resultado de problemas físicos associados a quadros cardiovasculares ou abuso de álcool ou drogas, principalmente.

As condições sanguíneas podem também estar intactas, mas o comando do cérebro para o organismo prejudicado. Assim, lesões que afetam o sistema nervoso central ou periférico, como acidentes ou cortes profundos, podem acarretar a DE.

O uso de medicações para tratamento de outros problemas de ordem física podem também ter um impacto negativo nas ereções, por isso é importante sempre conversar com o médico e ler a bula na seção “efeitos colaterais ou adversos”.

Tratamentos para problemas físicos na região, como câncer ou apendicite, também podem acarretar a DE, visto a ação de radioterapia, quimioterapia ou manipulação cirúrgica próxima ao local.

Os altos níveis de açúcar no sangue, como no caso da diabetes, podem provocar danos nos vasos sanguíneos do corpo todo, inclusive nos do pênis, o que gera então a DE.

Se você, homem, que trabalha em uma empresa que presta serviços de alimentação e prova muitos pratos calóricos e gordurosos diariamente, deve tomar cuidado com o desenvolvimento de diabetes e arteriosclerose, que podem causar DE.

Causas emocionais

Para um bom desempenho sexual e manutenção da ereção, é necessário um conjunto de fatores, inclusive no âmbito emocional. 

Sendo assim, alguns problemas emocionais podem contribuir ou causar a DE, como:

  • Ansiedade;
  • Estresse em casa ou no trabalho;
  • Depressão;
  • Estresse de conflitos sociais, culturais ou religiosos;
  • Conflitos de relacionamento;
  • Preocupação excessiva com o desempenho sexual.

A apresentação ou associação entre esses sintomas, podem, sozinhos, ser responsáveis pelo desenvolvimento da DE, uma vez que o sistema nervoso é o que controla o organismo em todas as suas funções, inclusive em relação à ereção.

Sinais e sintomas da disfunção erétil

Para que o paciente seja considerado portador da DE, é necessário que apresente um ou mais sintomas da lista abaixo por 3 ou mais meses:

  • Dificuldade em obter uma ereção;
  • Anorgasmia (incapacidade de atingir o orgasmo);
  • Interesse reduzido em sexo;
  • Ejaculação precoce;
  • Dificuldade em manter uma ereção durante o sexo;
  • Ejaculação tardia.

Em consequência a um desempenho sexual ruim, o homem pode apresentar quadros depressivos, de angústia e de baixa autoestima, com sensação de incapacidade.

Além disso, o quadro emocional de estresse pode levar ao desenvolvimento de pressão alta. Por meio do aparelho para medir pressão arterial, um médico pode confirmar a alteração da pressão e indicar se o fator emocional pode estar influenciando.

O diagnóstico é realizado pelo urologista, com base na história médica dos sintomas, o estilo de vida do paciente e exames de sangue e imagem (quando necessários).

Vale lembrar que essa condição tem tratamento e é facilmente resolvida. Você pode procurar por uma clinica para disfunção erétil com urologistas especializados em atender casos como esse.

Tratamento para disfunção erétil

Como vimos, a DE é comum entre os homens e é de fácil diagnóstico tendo um médico urologista à disposição. Agora vamos te apresentar as principais formas de tratamento para resolução deste problema.

Os principais tratamentos para a DE incluem o uso de medicamentos, psicoterapia, reposição hormonal, melhora da dieta, prática de exercícios físicos, eliminação de vícios, instalação cirúrgica de prótese ou bombas de vácuo.

Medicamentos

Para controle e tratamento da DE, os médicos podem prescrever medicamentos de diversas classes como inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) via oral, intracavernosais – penianos – (Alprostadil ICI) e intrauretrais (Alprostadil IU).

Os medicamentos mais prescritos pelos urologistas são da classe PDE5 como sildenafil (Viagra), tadalafil (Cialis), avanafil (Stendra) ou vardenafil (Levitra).

O inibidor de PDE5 age inibindo a atividade de uma enzima chamada fosfodiesterase do tipo 5 que está presente na parede dos vasos sanguíneos. Essas enzimas afetam o fluxo sanguíneo, reduzindo-o quando ativadas. Com a inibição, o fluxo retorna.

É importante fazer um acompanhamento pericial, ou seja, minucioso sobre o tratamento com essa medicação, pois pode induzir efeitos colaterais como dores musculares, dores de cabeça, indigestão e rubor facial.

Psicoterapia

Como vimos, o estado emocional do paciente influencia muito nos sinais e sintomas, podendo ser responsável pelo quadro de DE. As condições de trabalho, estilo de vida e relacionamento podem influenciar significativamente o estado mental do homem.

Por exemplo, se ele trabalha com serviço de automação e todo dia precisa resolver problemas extremamente complexos quanto aos serviços prestados, o estresse e ansiedade podem ser desenvolvidos e afetar o desempenho sexual.

Assim, sessões de psicoterapia, com um psicólogo, e, em casos mais graves, com psiquiatra, ajudam no tratamento das condições como depressão, ansiedade e preocupação excessiva com o desempenho sexual, que possam estar afetando o paciente.

Reposição hormonal

A testosterona é um hormônio responsável pelas características masculinas do homem como voz mais grossa, presença de barba no rosto, no ganho mais fácil de massa muscular e produção de espermatozoides, além do desejo sexual.

Por isso, uma opção para o tratamento da DE é a reposição desse hormônio. Este tipo de tratamento é adotado quando se verifica que o homem apresenta baixo desejo sexual associado a baixos níveis do hormônio no organismo.

Melhora da dieta

Uma alimentação balanceada e equilibrada quanto aos minerais, vitaminas, carboidratos e proteínas é essencial para a saúde do organismo. Isso impacta o corpo em todos os sentidos, inclusive no sexual.

Mantendo uma dieta mais saudável, evita-se o aumento de açúcar no sangue e desenvolvimento de diabetes, por exemplo. Uma opção interessante pode ser a adoção de produtos sem glúten e com menor percentual de gordura.

Prática de exercícios físicos

O sedentarismo dificulta a circulação de sangue no organismo, o que pode impactar diretamente as ereções.

Sendo assim, a prática de exercícios físicos que promovam fortalecimento do assoalho pélvico, gerem relaxamento (como a ioga) e aumentem o fluxo sanguíneo como um todo, são extremamente recomendados.

Se for praticar exercícios em academia, lembre-se de realizar uma inspeção de instrumentos simplificada e solicite a ajuda do treinador para que não sofra lesões como cortes, arranhões e até mesmo fraturas e lesões musculares.

Eliminação de vícios

O abuso de drogas, álcool e cigarro também afeta a circulação sanguínea, podendo causar DE dentre outros problemas de saúde.

Sendo assim, reduzir ou até mesmo cessar esses vícios pode contribuir para melhorar a distribuição de sangue no corpo, inclusive, irrigando os corpos cavernosos no pênis, mantendo a ereção.

Bombas de vácuo

Um dispositivo de ereção a vácuo é um tubo de plástico que desliza sobre o pênis, fazendo uma vedação em contato com a pele. Uma bomba na outra extremidade do tubo faz um vácuo de baixa pressão ao redor do tecido erétil, o que resulta em uma ereção.

Associado a isso, um anel elástico é colocado na base para manter e prolongar o preenchimento sanguíneo nos corpos cavernosos penianos. É uma ótima forma de tratamento sem o uso de medicamentos.

Próteses

Como último recurso, existem as próteses penianas, que são instaladas cirurgicamente e mantêm rigidez na estrutura peniana por meio físico e não sanguíneo.

É indicado para pacientes que não obtiveram resultados satisfatórios com os tratamentos citados anteriormente, especialmente os mais idosos que não suportariam uma cirurgia cardiovascular. Os implantes podem ser semirrígidos (dobráveis) ou infláveis.

Conclusão

Como vimos, a disfunção erétil acomete muitos homens, porém existem vários tipos de  tratamento. 

Portanto, se atente aos sinais e sintomas e mantenha regularidade das consultas médicas prevenindo consequências negativas.

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Marcela Ferreira

Enfermeira pós graduada com especialização em traumas, urgência e emergência. 12 anos de experiência na área de saúde mental na rede SUS do município de Belo Horizonte. Atuo com criança, adolescentes, adultos e usuários de múltiplas drogas.

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