Se você atua como MEI, você precisa conhecer seus direitos em relação a aposentadoria. E também é preciso conhecer formas de engordar os seus rendimentos no futuro como a aposentadoria privada vitalícia, por exemplo. Aqui, vamos explicar se o MEI precisa realmente investir na previdência privada e quais são as outras opções.
Para quem está correndo contra o tempo para fazer o seu negócio acontecer é preciso também pensar no futuro a longo prazo. Investir dinheiro para a aposentadoria é um fator importantíssimo para manter a estabilidade financeira quando você quiser se aposentar ou reduzir muito o seu ritmo de trabalho.
O que este artigo aborda:
- Como funciona a aposentadoria para o MEI?
- É possível aumentar o valor da contribuição do MEI?
- A previdência privada é um bom investimento para MEI?
- Quais são as principais vantagens e desvantagens de investir na previdência privada?
- Vantagens
- Desvantagens
- O MEI precisa investir na previdência privada?
Como funciona a aposentadoria para o MEI?
Entre os direitos garantidos para o MEI está a aposentadoria pública. A contribuição paga pelo MEI corresponde a 5% do salário-mínimo vigente e a outros impostos como o ISS, por exemplo. Por isso, o MEI que contribui por 15 anos (no caso das mulheres) e 20 anos (no caso dos homens) pode se aposentar por idade com um salário-mínimo.
No caso de pensão por morte, o cônjuge do MEI pode receber 50% e também um acréscimo de 10% a cada dependente, até o limite de 100%. Então, se o cônjuge possui três filhos, ele tem direito a 80% do valor do benefício que o MEI recebia após se aposentar.
É possível aumentar o valor da contribuição do MEI?
Sim, é possível. O MEI não precisa ficar limitado à contribuição de 5% do salário-mínimo vigente. O microempreendedor pode recolher mais um DAS (Documento de Arrecadação) de até 15% do valor do salário-mínimo vigente. Essa é uma boa opção para quem quer engordar a aposentadoria pública.
A previdência privada é um bom investimento para MEI?
Com toda certeza! A previdência privada é um investimento focado na aposentadoria. Com o endurecimento das regras para a aposentadoria pública após a aprovação da Reforma da Previdência, a complementação da aposentadoria se tornou uma forma de ter um futuro mais tranquilo.
E como o MEI possui limitações para a contribuição, o que restringe o valor de sua aposentadoria pública, investir em outros locais é importantíssimo para ter uma renda mais compatível com o que ganhava durante o período de trabalho.
Além de começar a investir na previdência privada, é necessário conhecer bastante sobre os tipos de planos. Existem dois tipos de planos de previdência privada aberta, são eles: PGBL e VGBL.
O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre é vantajoso para quem quer pagar menos impostos agora, já que ele permite a dedução de até 12% da renda bruta tributável. Porém, o valor de IR incidirá sobre o total do valor investido na hora do resgate.
O VGBL não permite a dedução, ou seja, não há desconto no IR, porém na hora do resgate, o Imposto de Renda incide apenas sobre os rendimentos, não incidindo sobre o valor investido durante o período de acumulação.
Quais são as principais vantagens e desvantagens de investir na previdência privada?
Vantagens
- Flexibilidade: O investimento na previdência privada é bem mais flexível. É possível escolher o plano e o regime de tributação, além de planejar os aportes e o montante que deseja resgatar no futuro. Dessa forma, o investidor tem total autonomia para decidir o quanto quer receber de aposentadoria.
- Não há teto para os ganhos: Diferente do governo que limita o MEI a contribuição de, no máximo, 15% do valor do salário-mínimo vigente, na previdência privada é possível investir o maior percentual possível para potencializar os ganhos futuros.
- Rendimento superior: Os planos de previdência privada alocam os investimentos em ativos de renda fixa e variável, o que possibilita os ganhos em comparação com as contribuições para o INSS.
Desvantagens
- As taxas podem não ser tão vantajosas: Muitos planos de previdência privada são oferecidos por bancos tradicionais e isso pode elevar as taxas cobradas como taxas de administração do investimento. Com taxas mais elevadas, a rentabilidade pode ser bastante prejudicada, então é importante prestar atenção nesse detalhe.
O MEI precisa investir na previdência privada?
O ideal é que o MEI faça uma mescla, investindo tanto no INSS com as contribuições mensais e na previdência privada. A dica é elevar as contribuições a Receita, atingindo o limite de 15% do valor do salário-mínimo vigente e separar mais uma porcentagem da renda para investir na previdência privada e começar a criar uma fonte de renda complementar para a aposentadoria.
Dessa maneira, é possível obter o maior rendimento possível de aposentadoria no futuro. É necessário montar um planejamento que permita que você como MEI, possa ganhar cerca de 70% ou 80%, pelo menos, do que ganhava durante o seu período de trabalho. A nossa última dica é reforçar os estudos sobre previdência privada para entender como ela funciona. Assim, é possível fazer um planejamento assertivo e ter uma aposentadoria bastante tranquila após muitos anos de trabalho.
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