O que é CDI? No artigo de hoje vamos te explicar tudo sobre esse tipo de empréstimo.
Quem está buscando informações sobre investimentos, como aposentadoria privada, CDBs e afins, já deve ter se deparado com a sigla citada no título deste artigo.
O CDI, diminuto para Certificado de Depósito Interbancário, nada mais é do que uma taxa. Ela determina o rendimento anual de vários investimentos e, portanto, é importante para quem quer lucrar a curto, médio e longo prazo.
Da mesma forma, entender o funcionamento do CDI ajuda a entender quais são as aplicações nas quais vale a pena investir o seu dinheiro. Falaremos mais sobre isso a seguir. Confira!
O que este artigo aborda:
- CDI: entenda melhor o contexto
- Taxa CDI: como ela afeta seus investimentos
- Investimentos que utilizam o CDI
CDI: entenda melhor o contexto
O CDI é o nome dado aos empréstimos que as instituições financeiras fazem entre si, para que possam, ao final do dia, encerrar o caixa com o saldo positivo. Embora nem todo mundo saiba, é determinação do Banco Central (BC) que seja assim.
Apesar de ser desejado, nem sempre os bancos conseguem terminar o dia “no verde”; para evitar ir contra a determinação do BC, a instituição precisa fazer um empréstimo e, então, cobrir essa diferença.
Parece curioso que bancos façam empréstimos, mas isso é bastante comum. E é lógico que os bancos, nesse ínterim, pedem dinheiro… a outros bancos. E essa prática, assim como acontece com pessoas comuns, implica no pagamento de juros.
Quanto custam esses juros? Depende da Taxa CDI. Ou seja: essa taxa diz qual é o valor dos juros que uma instituição ganha ao emprestar dinheiro para outra.
A taxa do CDI é diária e calculada pela B3, com base nas operações que foram feitas dentro deste período. Em posse das taxas, é feito o cálculo das médias mensal e anual do CDI – e a partir daí, sabemos como calcular o rendimento das nossas aplicações.
Em 2019, a taxa anual do CDI foi de 5,96%; em 2021, o CDI acumulado foi de 2,75% – a diferença é grande, de fato.
Em 2021, por razões óbvias, é possível apenas verificar o rendimento da taxa mensal. Em janeiro, por exemplo, a taxa foi de 0,15%; em fevereiro, de 0,13%. Em Março, houve uma melhora e a taxa foi para 0,20%. Desde então, ela tem crescido, ainda que timidamente.
Taxa CDI: como ela afeta seus investimentos
Vamos lá: alguns tipos de investimentos têm rentabilidade pré-fixada, enquanto outros são pós-fixados.
No primeiro caso, a taxa de rendimento está definida em contrato; no segundo, ela é definida no vencimento do contrato, após avaliação de um índice.
Boa parte dos investimentos de renda fixa populares utilizam justamente o CDI como um índice de referência.
Se você está atento às oscilações desse índice, portanto, pode ter uma boa ideia de quanto o seu dinheiro pode render e quais são os investimentos mais interessantes para você.
Vamos para um exemplo prático. Você com certeza já deve ter encontrado uma aplicação que rende 100% por CDI.
Isso significa que a rentabilidade da aplicação está condicionada à Taxa CDI dentro de um período específico. Se o acumulado nesse tempo foi de, digamos, 5%, a sua aplicação também renderá 5%.
Existem aplicações que rendem abaixo do CDI, assim como há algumas que rendem mais – procurando direitinho e tendo o auxílio de um especialista, é possível encontrar, de vez em quando, alguns investimentos que rendem 200% do valor do CDI.
Se você acha pouco, vale a pena pensar no seguinte: mesmo com algumas oscilações, é normal que o CDI seja mais vantajoso que a poupança – que, definitivamente, não pode ser considerada uma forma de investir, mas um local para guardar dinheiro.
Investimentos que utilizam o CDI
Como mencionamos, alguns dos principais investimentos de renda fixa fazem uso dessa taxa. São eles: CDB, LCI, LCA e LC.
O CDB, Certificado de Depósito Bancário, é um emitido por instituições financeiras e bancos. Ele é, de forma bem simplificada, o título que permite que pessoas físicas emprestem dinheiro aos bancos.
CDBs pós-fixados geralmente fazem uso da Taxa CDI para definir a sua rentabilidade.
No caso do LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e do LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), a pessoa física não empresta dinheiro para instituições financeiras. Os LCIs, por exemplo, são emitidos por bancos para arrecadar dinheiro para financiamento dentro do setor imobiliário.
LCAs, por sua vez, são títulos similares, mas emitidos para o financiamento das atividades agrícolas.
Por fim, LC diz respeito à Letra de Câmbio, que é um título emitido por financeiras. O dinheiro emprestado, nesse caso, é voltado para financiamentos.
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