Quem acredita que uma empresa deve usar conceitos de Marketing apenas para entender e satisfazer o mercado, está bastante enganado e pode sofrer prejuízos, tanto na imagem da companhia, quanto na qualidade do produto entregue.
Pois, a comunicação interna e o endomarketing são estratégias usadas pelas organizações tendo como público-alvo os seus colaboradores e, são ações importantes que contribuem muito com o sucesso de uma empresa.
Outro engano bastante comum, é o de que esses dois termos são sinônimos. Apesar de serem complementos um do outro e terem como alvo o mesmo público, possuem mecanismos e objetivos diferentes.
E para que o endomarketing e a comunicação interna sejam aplicadas como estratégias eficientes, é imprescindível entender as suas diferenças e particularidades e saber como utilizar cada método.
Continue sua leitura para entender melhor o conceito de endomarketing e no que essa ação se diferencia da comunicação interna, além de conhecer alguns exemplos das duas estratégias.
Boa leitura!
O que este artigo aborda:
- Conceito de endomarketing
- Estratégias como exemplos de endomarketing
- Comunicação interna – qual a diferença?
- Modelos de comunicação interna
Conceito de endomarketing
De origem grega, “Endo” é um recurso gramatical que significa “dentro”, “interno”, logo, endomarketing é um termo que corresponde às ações de marketing realizadas por uma empresa internamente com foco em seus funcionários.
Apesar de o maior nome do marketing, Philip Kotler, já falar sobre a importância do marketing interno tempos antes, foi Saul Bekin, um professor brasileiro, que criou e ajudou a difundir o termo através do seu livro “Conversando sobre Endomarketing”, na década de 90.
Desde então, essa prática reconhece a importância do capital humano e tem visado fidelizar e tornar mais engajado o time de colaboradores dentro das empresas.
A sua premissa é a de fazer com que esses funcionários sejam tratados como clientes através de ações pensadas no perfil de cada um. Assim, eles se sentem parte importante da empresa e ficam motivados para seguir produzindo bons resultados.
Estratégias como exemplos de endomarketing
As ações de endomarketing podem ser as mais variadas possíveis e cabe ao RH estudar e identificar quais são as melhores de acordo com o perfil dos seus colaboradores.
A seguir, listamos algumas estratégias comuns entre as empresas que já reconheceram o poder do endomarketing como aliado:
- Política de reconhecimento – esse tipo de estratégia se baseia no desempenho dos colaboradores e tem o potencial de estimular uma concorrência sadia entre eles. Bonificações em forma de dinheiro, prêmios, folgas, viagens, entre outros, são recompensas que fortalecem o interesse do profissional em se dedicar mais e trazer melhores resultados;
- Intranet – essa estratégia diz respeito a um espaço digital criado para que profissionais possam interagir e compartilhar suas ideias. Esse tipo de estratégia otimiza a integração entre os funcionários, aproxima gestores e equipe e promove um ambiente de colaboração mútua;
- Treinamentos e cursos – essa é uma estratégia essencial para o objetivo de fazer um funcionário se sentir valorizado. Quando a empresa oferece treinamentos e cursos, ela está investindo no crescimento profissional e pessoal do colaborador, estimulando o seu desenvolvimento dentro do ambiente de trabalho;
- Espaços colaborativos – a criação de espaços destinados para lazer e descanso, que possibilitem uma dinâmica de grupo e alguma recreação, fortalece laços entre os trabalhadores.
A realização de palestras, workshops ou outros eventos que tenham o intuito de fazer com que as equipes interajam entre si, também tem o poder de estimular os funcionários e os fazem valorizar os conhecimentos específicos que cada um possui.
Comunicação interna – qual a diferença?
A comunicação interna se encarrega de estratégias que têm como base a informação. Geralmente de caráter institucional, na prática, esse conceito visa deixar todos os funcionários cientes quanto aos acontecimentos das organizações em que trabalham.
Através de canais e veículos internos, as lideranças transmitem as informações capazes de fazer com que seus funcionários tenham uma visão completa da empresa.
Essa comunicação visa tornar claro coisas como a missão, os valores e a visão das organizações; também têm como foco traduzir essas informações transformando-as em estratégias e metas que precisam ser alcançadas; além de comunicar informações rotineiras sobre ações diárias, semanais ou mensais.
Modelos de comunicação interna
O processo de comunicação interna pode se movimentar de várias formas dentro de uma empresa, as mais comumente usadas são:
- Comunicação escrita – esse é o modelo mais utilizado em um ambiente corporativo. Material gráfico impresso como jornais, revistas, catálogos institucionais, murais de avisos; ou meios tecnológicos como e-mails, Blogs corporativos, agenda compartilhada, entre outros;
- Comunicação verbal – esse tipo de comunicação também é bastante utilizado no dia a dia das empresas, através de reuniões, palestras, confraternizações, com a intenção de que gestores, líderes e colaboradores podem interagir;
- Comunicação vertical – esse é o tipo de comunicação usada por colaboradores que estão em um nível hierárquico mais alto e possui o caráter de planejar estratégias para a empresa;
- Comunicação horizontal – aqui, todos os funcionários que possuem o mesmo nível hierárquico se comunicam entre si a fim de coordenarem atividades com mais fluidez, independente de ser ou não do mesmo departamento;
- Comunicação diagonal – essa comunicação é feita entre todos os níveis hierárquicos, fazendo com que gestores, líderes, diretores e todos os funcionários recebam o mesmo tipo de informação. Sejam essas informações novos projetos, regras ou qualquer outro fator importante dentro de uma empresa.
Como visto aqui, apesar de possuírem objetivos e características diferentes, essas duas estratégias são fundamentais em qualquer organização.
Enquanto a comunicação interna se encarrega de alinhar os colaboradores com os objetivos da empresa, o endomarketing se foca em transformá-los em propagadores desses objetivos.
Assim, abrir mão dessas ações é o mesmo que deixar de lado a importância de profissionais motivados, produtivos e capazes de transformar o ambiente de trabalho em um espaço de colaboração mútua.
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